domingo, 9 de maio de 2010

NO DESERTO DESTA SAUDADE...



NO DESERTO DESTA SAUDADE

[Dedicada ao meu filho Edmar...]


Neste deserto de saudades em que ora caminho
sem teu brilho, à sombra de dunas, vou avante,
sou navegante neste hoje, mas perdida no antes
perante a falta do meu infante filho, seu carinho
bebo o vinho amargo, vinagre sem ele no ninho.


Avezinho só areias que na triste alma aninha
a minha nostalgia e meu pensamento errante
nesta constante agonia de não ter o que tinha
e não adivinha meu filho, como estou sozinha
nesta dor que é uma espinha tão angustiante.


È pesadelo exasperante do qual não acordo...
Sou deserto coberto em lagrimas de saudade
me invade a pena escoberta neste aberto peito
sem mais jeito para vencer esta adversidade
e sem a equanimidade para aceitar o já feito.


E é que não aceito esta separação que doi a dobrar
não encontro teu mar deste deserto que rejeito
c´o coração desfeito neste treito de vida sem Edmar
voltar ao lar lhe peço a Deus, ter-te no ninho refeito
e no trajeito desta vida encontrar-te no oásis perfeito.


Portugal, 04 de Abril de 2010

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