FILÓSOFOS E AMORFOS...

[Dedicado ao Primeiro Ministro de Portugal, Sócrates]

ZULAY A. VARGAS R.


Os filósofos Aristóteles e Platão se preocupavam
discutiam sobre os segredos, e mistérios da vida,
de seus pensamentos filosóficos o que sabiam...
discerniam e concordavam se seria causa perdida.

Dos actos e factos de a fundo querer compreender,
poder em fim entender, entre sofismas e semântica
fantásticos conceitos tinham sobre viver e morrer,
dizer e desdizer tão complicado qual física qüántica.


Dos tais intrínsecos e complicados pensamentos,
de dar nó nos cérebros, que na verdade se apoiam,
que perduraram pelos tempos esses ensinamentos
por gerações se transmitiram e fizeram até escola.


Nem eles, nem outros tantos filósofos conseguiram,
de forma alguma... embora tantas vezes o intentaram
por muito que filosofaram, nesse assunto silenciaram:
quando em vão tentaram, entender à mulher, calaram.

Nem essas grandes mentes de magnânima sabedoria,
incluindo, e apesar de tudo, as dos amores "platónicos"
nenhum deles conclusões teria muito menos explicaria
ás mulheres... esses seres complicados e tão indómitos.


Contudo, ainda ficariam muito mais que estupefactos,
dos pactos e corrupção do mundo actual e seus actos
cacto que crava espinho homossexual desta nova era
dera mais apoio ao casamento gay que à fome na terra.


Para satirizar o sujo mundo político que reflecte no social
afinal para dissabores e sofrimento entre outros, Portugal
mal-dizer:"Sei que nada sei" do primeiro ministro Sócrates,
hipócrita amorfo! foge ao questionamento de Hipócrates...


Se essas luminarias verem o imundo mundo deste tempo,
pó seriam as suas carreiras, nesta falência de pensadores,
doutores do fingimento, era amoral, mail e falso documento
só vento, devedores e credores com a inflação do momento.

Portugal em 08-02-2009.
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Material amorfo ou substância amorfa é a designação dada à estrutura que não têm ordenação espacial a longa distância (em termos atómicos), como os sólidos regulares. É geralmente aceito como o oposto de estrutura cristalina. Logo, estes materiais não podem ser considerados sólidos. Estes podem ser rígidos, mas no entanto não possuem estrutura de uma substância sólida. As substâncias amorfas podem ser líquidas ou gasosas, já que não possuem estrutura atómica definida. Algumas substâncias comuns no dia-a-dia são amorfas, como o vidro, o poliestireno e até mesmo o algodão-doce.

A FAMA ÈSPUTA...

A FAMA Ès...PUTA

ZULAY VARGAS

[Do verbo Esputar: cuspir, expelir, babar]


A tão perseguida e sempre desejada fama
é quase sempre, somente uma prostituta,
que entrega o corpo e sem prazer "ama"
e os cães vão atrás dela, e ela muito astuta.


Em insónia sonham veementes nela na cama
trama deste axioma qu´esta teoria imputa...
exausta insulta ao paparazzi que a difama
e aclama a quem a chama de dama incuta.


Sem desculpa ao nome, o renome se inflama
exclama e canta, todo o que da boca esputa
e aponta os dois gumes qual faca que infama
e descama a chamada importância que reputa.


Mas esbanja e finge, sedúz á fama e a reclama
irmana a rivalidade entre o desculpa e a disputa
e acama com a vitoria e a gloria que declama
e clama notoriedade no bordel, a grande puta!.

Portugal - 21.11.2008

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SABEDORIA...
Dedicado a Laura

ZULAY VARGAS

<>Como dizia aquele tão sábio proverbio árabico,

<>há quatro coisas que não se devem esquecer,
<>úteis para todo algum, muito além do entender,
<>demonstra a lógica que ao respeito cabe ter:


- Não se deve dizer jamais, tudo aquilo que se sabe.

- Nem se deve tentar fazer, tudo o que se pode fazer.
- Nem nunca acreditar em tudo o leviano que se ouve,
- Nem se deve gastar todo quanto se tem no haver.

. Pois quem insiste em dizer tudo aquilo que é sabido,
. e por ego se empenha em fazer todo o que der e vier,
. e que acredita em tudo o que levianamente há ouvido,
. e gasta todo quanto tem e até mais do que há de ter.

~Muitas vezes acabará, dizendo o que não convêm.
~Inevitavelmente fazendo, aquilo que não se deve...
~Injustamente julgando o que náo sabe e não vê,

~Gastando o que não pode e ainda mais do que tem.


Em Portugal, 11 de Dezembro de 2008.

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RECESSÃO...

RECESSÃO

Zulay A. Vargas R.

I

Mundo necrologicamente sumido na perfeita confusão
economicamente submergido numa profunda recessão,
animicamente desespero, suicídios, sem acção e reacção
falências, carência, desemprego, uma total depressão.

II

Planeta ecologicamente de sul a norte em devastação
sujo o ar, o mar a terra, toda a esfera em contaminação
monóxido de carbono, fim da capa de ozono, poluição,
o cimento em detrimento da agricultura, a alimentação.

III

Humanos estatisticamente em pressão, sobrepovoação,
guerra, fome, imbróglio, consumismo até a devastação,
dinheiro que mata a mata, a selva, semeando a destruição
cronologicamente vai-se agravando essa dura situação.

IV

Seres teologicamente em prostituição, total perdição
espiritualmente a procura de uma nova ilusão, emoção
homens gostando de homens, eis animal em extinção,
publicitariamente promovendo a humana degradação.

V

Mulheres egocentricamente em uso da emancipação
afastadas do lar e dos filhos em pró de uma profissão
crianças nas escolas cada vez com menos educação
sem respeito agridem professores, eis a nova geração.

VI

Família é ali claramente o núcleo base da destruição
obviamente é no lar onde começa de facto a corrupção
familiares marginais usam e abusam dos sob tutelação
nojo encoberto, pouco descoberto, sem interpretação

VII

Lar tacitamente descuidado do interior em projecção
criando sem laços uma geração de pouca condição...
famílias sem união, sem tempo atenção nem precaução
sem exercer sobre os filhos boa interpretação e pressão.

VIII

Sentimentalmente o amor substituído por a paixão
excentricamente amor é fazer sexo, sida e protecção
doenças, aberração, pedofilia, a completa perdição
seitas, masoquismo, sadismo, lepra social, infecção.

IX

Socialmente racismo, xenofobismo, istmos, anti-religião
roubo, crime, drogas, guerras por petróleo de combustão
rede da comunicação propagandeando o pior, expansão
interessa é consumismo, endividados sem moderação.

X

Confusão, legado deixado à próxima, à nova geração,
um mundo destruído com a mais difícil reconstrução,
prepotentemente vivendo num mundo de pura ilusão
desidratada sociedade de consumo em plena expansão.

XI

Mentalmente a pergunta qual é a verdadeira conclusão
sem a total cooperação neste planeta em convulsão?
com sublimação, doação, propulsão pode haver salvação
neste mundo em contusão melhor apreender a lecção.

XII

Criticamente temos perdido o principal valor da criação
consolas de jogos violentos que não estimulam a imaginação
a relação tem sido substituída por o computador e a televisão
Eis o resumo de nossa actual cultura e verdadeira condição.

Portugal 08 de Janeiro de 2009

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UMA NOVA PAIXÃO, UMA NOVA POESIA

Uma Nova Paixão, Uma Nova Poesia!

Zulay Vargas

Acorda a serena oração ecoando em suave toada
num sublime enlevo vem a beijar a minha verve...
suave e morna brisa que me abraça e me envolve
entra em meu corpo e alma, forma um todo do nada.


Ora novo dono e senhor da minha aurora e poente
em sua luz começo a viajar noutros sonhos alados
recomeço sem pensar no fim, vivo desejos calados
sem pensar me entrego em total púrpura candente.


Cálida gota que me molha e inspira este verso meu
no levante, seguindo-me lentamente como girassol
delicadamente me acaricia esse dourado raio de sol
me toca e me aquece e começa a brilha no camafeu,


onde te vejo, não sei por quanto tempo, redundante.
Enquanto dure, serás tudo no acorde desta canção,
e não sei se um dia, sentiremos o amor no coração,
mas ora quero viver esta paixão excitante, dominante.


Em 27 de Outubro de 2007.



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BARCO ENCALHADO...

***** BARCO ENCALHADO *****

Zulay Vargas


Um barco está agonizando no areal esquecido
há sido abandonado, olhando ao seu mar além...
sem ter o que mais mirar até o horizonte perdido
um suspiro se há ouvido mas não se vê ninguém.


Tem o sentir de condenado, por ter envelhecido
o antes envaidecido, morrendo na dor que retém
só advêm aquelas memorias do antes conseguido
quase já extinguido, encalhado, e do mar aquém.


Porém, ainda tem encanto, embora reduzido,
por todo o que há sido é imerecido tal desdém,
detém no tempo, sem motor, remo ou amigo,
o que consigo levou tantos, ora sem um alguém.


Quem lembra seu nome em proa e popa vencido?
Foi lido por tantos, antanho ficava-lhe tão bem...
a mais de cem milhas náuticas foi, ora jaz detido
mas hão sobrevivido, umas poucas letras: Vêm...!


Sustém parte do belo casco, sobra algo do há sido
num comovido ancoragem só ferrugem o vestem
se desunem os pedaços e volta ao mar espargido
num navegar merecido, irão os cacos que restem.

*****
Portugal-Venezuela, 11 de Janeiro de 2010
*****

SE PUDERES

«» SE PUDERES...«»

ZULAY - VARGAS
[Dedicada a meu filho Alejandro]


Se puderes conservar serena calma e os nervos controlando
ainda a tua volta todo esteja em contra e atirando-te a culpa,

seguir acreditando em ti próprio, ainda com todos duvidando,
e contudo a esses, sem rancor, encontrar-lhes uma desculpa.

Se puderes ter a capacidade de esperar sem desesperar-te,

sabendo-te enganado, honesto não mentir ao mentiroso.

Ou, sentindo-te odiado, afastando o ódio, dele esquivar-te,

e humilde não aparentar ser bom demais, nem pretensioso.

Se puderes a pressa pensar e falar sem que ao erro te atires,

trabalhar, sem ser escravo dos déspotas patrões e senhores.

E estando na desgraça ou no triunfo, tua forma não revires
e sendo fiel a teus princípios, não te contagies de impostores.

Se puderes ser capaz de suportar a dor de ver modificada
por vis armadilha o trabalho feito e a verdade que disseras.
E perdido tanta coisa, não ver por isso a vida estraçalhada,

e com coragem voltar a refazê-la com o pouco que restara.

Se puderes ser capaz de arriscar-te no amor numa parada,

expondo tudo aquilo do qual te proteges-te durante a vida,

e perdendo de novo, não te perder e seguir sem dizer nada,

e regressar sem sentir-te perdedor, ao teu ponto de partida.

Se puderes forçando teu valente coração, músculos, tudo!

conseguir voltar a dar seja o que for que neles ainda existe,

e na luta persistir e insistir ainda quando exausto, contudo,

ainda reste forca da vontade em ti, que te disse: Persiste!...

Se puderes estar entre anti-sociais, sem corromper-te,

e entre ricos não ser menos, nem perder a simplicidade.

Ser amigo dos amigos e inimigos em amigos converteres
e estando em médio de vícios, não sejam tua realidade.

Se puderes durante toda tua vida dar até o último segundo,

ao projecto de ajudar e chegado o final deixar amor e brilho.

Serei a mãe mais feliz, orgulhosa de ter-te trazido ao mundo,

e ainda o de maior valor... Serás um bom homem, meu filho!

Portugal 08-07-2007
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SEM VOCÊ...

52- FORMA PARTE DA CIRANDA SEM VOCÊ

SEM TI...

Zulay A. Vargas R.

Se te perdera e não mais tivera tua presencia ao redor

gravitaria em torno da ausência, da saudade, e da dor

num presente sem futuro, só o passado como essência

um simples ser inseguro, sem motivo de existência.

Se me faltasse teu amor, seria tortura, loucura

perderia o norte da rota em um túnel sem saída,

seria um total labirinto, uma caminhada a escura

uma vida sem sentido, gota no mar da amargura

Sentiria igual que se sente, uma cega apaixonada

que ainda que a luz a ilumine, essa luz seria nada

procuraria na arvorada ao ser que tanto se amou

sem existir sol nem lua, porque o amor se perdeu

Sem ti ao fazer o amor, seria o clímax da solidão

minguaria como a lua, igual que o sol no poente

como o dia que vá morrendo porque a noite chegou

seria um pássaro sem assas que a liberdade perdeu.

Sem ti seria cão sem dono, um cachorro abandonado

que num lugar afastado, incrédulo teima em voltar

e que ao sentir-se perdido, procura em todo lugar

e já cansado e sem juízo, quer sua vida acabar.

Isto e mais, seria sem ti...não teria valor a vida

deserto, fonte vazia, seria meu fim, meu final

qual sacerdote sem fé com a devoção perdida

musica sem melodia, um deserto, antes mar

a dor maior deste mundo, assim seria sem teu amar.

Portugal - 16.11.2006

SOB O QUARTO CRESCENTE DA LUA...

SOB O QUARTO CRESCENTE DA LUA...

Zulay Vargas

Esta noite não fecho os olhos... Tua luz é maior que o luar
delineias c' essa luz teu nome no quarto por ti preparado...
Hoje quero poder dizer e jurar: Para sempre hei de te amar!
ficar abraçada entre tuas asas anjo, neste teu solo sagrado.

Sob o quarto crescente na mente, formo o inconclusivo poema
esta noite meu corpo é teu oh sol, no lençol de algodão sou gema
deito no ninho do Minho feito a mim qual oferenda de diadema
e num amem de amor suave seda, meu corpo vibra, o seu teima.

Camafeu sem Morfeu é sua cama que de nossos corpos se veste
ora aquecida e a seguir humedecida numa orvalhada imaculada
deu-me abrigo subtil em farto trigo, fui rosa por ele tão estimada
privilegiada!... Sua musica se propalará no tempo que me reste.

No mais puro da sua natureza, abertas portas d'seu espaço
a olha o glorioso firmamento, aquele beijo, sua imponência
passou a hora e a radiante e bela lua iluminou todo o pátio
o sorriso ameno, o cálido afago, ficar! ter mais sua essência.

Momento que permanecera no esboço mais belo da memória,
lembrança daquela enseada onde deitei minha verve a sonhar
flamejará a mim tua luz inebriante, ora e depois desta história.
...Esta noite escreves-te em meus veios: "Eu sei o que é amar."

Portugal em 08.11.2008

SERÁ QUE ERA AMOR?

ZULAY VARGAS


Rabiscaste um coração do nosso amor na areia
e com a mareia uma onda chegou e o apagou...
Desapareceu junto á lua nova, na maré cheia
esse amor que corria na veia no mar se afogou.

Acendeste o fogo do amor, chama alta, candeia
e desencadeia um forte vento, a chuva o apagou
Será que existiu ou foi conto, um canto de sereia?
Ondeia essa duvida, se seria amor o que acabou.

Murchou, como se for rosa que dura tão pouco
e caí num poço de areia movediza a me afundar
sem conseguir levantar, num chorar tão rouco
ora nem o que vejo e toco me faram voltar acreditar.

Entre o mar, as estrelas, e o céu fico a meditar...
chego a pensar se buscar um refúgio ou ficar ao léu
Eu, que era tão segura, hoje nada augura o olvidar
voltar a tentar amar e olhar o pasado trás um veu.

Portugal, 02 de Fevereiro de 2010

NO DESERTO DESTA SAUDADE...

NO DESERTO DESTA SAUDADE

[Dedicada ao meu filho Edmar...]


Neste deserto de saudades em que ora caminho
sem teu brilho, à sombra de dunas, vou avante,
sou navegante neste hoje, mas perdida no antes
perante a falta do meu infante filho, seu carinho
bebo o vinho amargo, vinagre sem ele no ninho.


Avezinho só areias que na triste alma aninha
a minha nostalgia e meu pensamento errante
nesta constante agonia de não ter o que tinha
e não adivinha meu filho, como estou sozinha
nesta dor que é uma espinha tão angustiante.


È pesadelo exasperante do qual não acordo...
Sou deserto coberto em lagrimas de saudade
me invade a pena escoberta neste aberto peito
sem mais jeito para vencer esta adversidade
e sem a equanimidade para aceitar o já feito.


E é que não aceito esta separação que doi a dobrar
não encontro teu mar deste deserto que rejeito
c´o coração desfeito neste treito de vida sem Edmar
voltar ao lar lhe peço a Deus, ter-te no ninho refeito
e no trajeito desta vida encontrar-te no oásis perfeito.


Portugal, 04 de Abril de 2010

Á ELE...

Á ELE*
(Dedicada ao meu Pai)



Avante o tempo e idade e ao lado Paulo em eterna saudade,
esperança n´alma de haver um além, vivo nesta lembrança,
sua imagem guardada no peito, feito presencia e fragrância,
desse eixo guia em momentos cegos que esta senda invade.


Voz ausente mas, tão presente que aconselha e canta amor
lembro seu cabelo que será sempre negro como no ultimo dia
quando sua mão apertou a minha, borboleta que se despedia
e na finda infância a dançar com ele uma balsa no ar qual flor.


Em pé continua a magia, aquele honesto olhar de sabedoria,
que deixaram legadas as suas firmes pegadas nesta vereda,
que ainda encaminham e iluminam qual um candeeiro faria,
embora breve sua história ainda nublada na memoria queda.


Nesta réstia meu pouco bom é o que dele resta, a sua herança,
sinto sua sombra que me acolhe qual seda, ainda não descansa
hospedando entre sonhos abraço, tristeza, sorriso e sua crença
Ele tão vivo e real!, presente sempre na minha vida e andança.



Portugal 25-12-2007
*(Dedicado a meu pai Pablo J. Vargas)